Vidas cheias, do vazio


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O Brasil cresceu e hoje é um dos países mais falados nas reuniões internacionais. Isso porque abriga dois extremos: a 7ª economia do mundo e o décimo país mais desigual.

Mesmo sendo hoje o 2º celeiro mundial, cerca de 23 milhões de pessoas ainda vivem abaixo da linha da miséria no país que registra índices de desperdício de alimentos de quase 37%, um grande paradoxo.

Porém essas situações não é recente e se apresenta como grande reflexo da desigualdade reinante, que por sua vez é reconhecida como fruto do capitalismo. Nesse sistema cheio de contradições, em que a massa explorada é o próprio mercado consumidor, é necessária a distinção entre proprietários e proletários.

Ainda assim, o principal fator que contribuía para a vida precária da população é a negligência do Estado que ao não fornecer serviços básicos como saúde, educação e segurança, são sempre seu dever social e a função para o qual foi criado.

Além da fome e miséria, esse processo implica altos índices de violência, saúde debilitada da população em decorrência da ausência de saneamento básico e sobretudo a pobreza intelectual dos brasileiros com 13,3 % de analfabetos. Essas pessoas tornam-se vitimas da falta de consciência política.

Como reverter esse quadro? Investir mais em educação, saindo dos 1.300 dólares anuais investidos por aluno e chegando aos 12.000 como nos Estados Unidos. Valorizando o professor enquanto profissional, que ainda ganha 30 vezes menos que um juiz, para que os bons alunos sejam estimulados a dar aula e melhorar o nível de ensino.

Mas sobretudo, mudando a forma de pensar, das pessoas acerca da importância da educação que pode mudar vidas, impedir o determinismo social nas periferias, abrir portas e melhorar a qualidade de vida de todos.

Christoffer Bresolin.

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