O conjunto de conhecimentos... humanos?


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Disponível em: http://zezinhamartel.blogspot.com/2010/10/o-trabalho-enobrece.html (7 de agosto de 2011, às 23h36min)


Com a popularização do meio técnico-científico-informacional, como o próprio termo já indica, a ciência passou a ter grande participação no processo de produção capitalista. Aquela se adaptou ao capitalismo e trouxe muitas contradições em suas mudanças.
O papel da ciência hoje, em grande parte, se restringe como objeto do capitalismo. Sendo instrumento de concorrência, é desenvolvida por investimentos do Estado e, principalmente, de empresas particulares. Estas empresas buscam um meio de baratear sua produção para se perpetuar no mercado, e assim, só se torna ciência o que for realmente necessário à indústria.
Nesta, ainda entra o desenvolvimento de medicamentos para manter a parte mão-de-obra extremamente necessária, mas quando uma doença ataca quase que exclusivamente a massa excluída da população, essa ciência não se mostra tão útil. É o que ocorre com doenças que acometerem aos países pobres, doenças como a SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) que durante muito tempo foi tida como doenças de uma massa excluída, têm entre as causas de não se ter descoberto sua cura, provavelmente, por ter tido baixo numero de casos em países ricos, faltando assim motivação para pesquisas.
Se nesses interesses que cercam a ciência capitalista houvesse mais humanidade e atenção às necessidades da maioria, a situação poderia ser diferente. Mas para isso deve ocorrer uma mudança grande na sociedade de forma geral, desde consciência à economia. Mudança muitas vezes impedida pelo capitalismo. A saída pode não ser uma revolução contra o capitalismo, mas para humanizá-lo, mesmo que seja um pouco, deve-se entender a ciência não só como meio de ascensão social, mas também como meio de sobrevivência de uma espécie.

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