F-U-N-K


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Meu passatempo favorito, depois de ler, e escutar música. Gosto de ouvir algumas bandas “alternative” [rock,country,folk], Jazz, Pop Rock e Funk. Sim, eu gosto de Funk, me orgulho disso e não tenho medo de dizer. Funk é um gênero musical injustiçado em minha opinião, seu nome é repudiado por milhares de pessoas, as quais dizem que nunca apreciariam esse tipo de música... Mas será mesmo que o funk é esse monstro? Será que os odiadores de funk não gostam de ouvir o mesmo?


-Aff Harry, não acredito que você gosta de funk com elas letras pornográficas e esse barulho que até um macaco siberiano com calculo renal poderia fazer! Você ta é doido guri!- Ai é que tá, eu gosto de funk, F-U-N-K, mas não que dizer que eu seja um apreciador do seu subgênero brasileiro criado pelos “Mc’s”, o famoso funk carioca... [Eu não sei se isso é normal, mas toda vez que leio “funk carioca” começa a tocar na minha cabeça “Morro do Dendê é ruim de invadir...” e o pior que só essa parte, deve ser porque não tenho idéia de como é o resto da musica O.o].
Funk é um gênero musical que surgiu na década de 60 através de uma mistura de soul, jazz e R&B criando uma nova forma de música rítmica e dançante, uma música com um ritmo mais lento, sexy, solto, orientado para frases músicais repetidas e principalmente dançante.

Para exemplos mais concretos desse gênero e de sua rítmica podemos pegar Prince e Michael Jackson em suas origens. Tanto o estilo musical quanto a apresentação e a dança [performance] desses artistas são originarias do funk tradicional de James Brown, seus passos de dança não coreografados e as emoções transmitidas pelas suas musicas passavam ao publico toda a vibração do ritmo.Michael Jackson e seu "moonwalk" são tributários dos rodopios, parcerias com o pedestal do microfone e abertura de pernas, do Sr. James;Mick Jagger, Prince e todos esses "Justin Timbalands" dos anos 2000 também só existem graças a Brown.

O Funk figurou toda paixão e sexy appel dos negros em uma época em que ainda buscavam espaço dentro de uma sociedade que estava saindo de um separatismo racial que durou anos; não posso afirmar que suas letras sempre abordavam temas familiares e com toda decência moral - se fosse assim a base do funk carioca, hip-hop, rap, etc. não teria sido esse gênero - a diferença estava na abordagem: o funk preserva aquele jogo do duplo sentido, da interpretação maliciosa, de ser sutil. A letra não é o que o identifica, na verdade era o que menos importava, o show era o ritmo, a sensação, aquele cara vibrando junto com o som e fazendo movimentos totalmente espontâneos, sorrindo e tendo o prazer de apenas dançar. O pai do funk, James Brown, adorava sua criação por fazer as pessoas deixarem de ser tímidas e sacudirem, tornando-se o ritmo dos brancos e negros, pois quando o funk começava a tocar as pessoas apenas ficam felizes e dançavam.

Então galerinha, não vamos generalizar o funk com frases como “Funk não presta”, ele é um ritmo maravilhoso, que envolve cultura e paixão. Não castigue o funk por um dos seus subgêneros, dê uma oportunidade a este estilo de música [o original] e você pode ser surpreender. Como diria Marky Mark ao descrever o funk: “Você pode sentir isso baby eu também, venha balançar agora chegou a hora é essa uma boa vibração é essa uma doce sensação”.

~Harry

P.S.:Para quem quiser conhecer melhor o verdadeiro funk, recomendo essas músicas [muitas delas já conhecidas e antigas], basta clicar ^-^





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