Archive for 03/01/2012 - 04/01/2012

Panem et Circenses*


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*Pão e Circo [termo latim]
Dedico esse texto ao meu prezado amigo Ulysses, que será um ótimo defensor da lei.
A sociedade atual herdou varias características do antigo Império Romano, como a língua, os Jogos Olímpicos, numeração, costumes sociais, jurídicos e administrativos. E nessa onda romana temos a atual política querendo prestar homenagem a um celebre imperador romano: Otavio Augusto [confesso que acho o cara um gênio, do mal, mas um gênio].

Quem nunca ouviu a expressão “Pão e Circo”? Ela foi uma citação do imperador romano Otavio Augusto, cujo modo de governar era totalmente voltado ao favorecimento dos patamares mais elevados da sociedade, trazendo miséria as classes baixas, popularmente conhecidas como povo.

Preocupado com revoltas populares por causa do seu estilo de governo, Otavio, astutamente, criou uma política de espetáculos, nas quais o povo passava o tempo assistindo disputas esportivas e lutas entre gladiadores e, durante os eventos, eram distribuídos alimentos, como trigo, para o povo. Uma tática bem planejada para tirar a atenção do povo de seus verdadeiros problemas e, como brinde, Otavio ganhou a fama de “imperador do povo” [claro, ele era muito bonzinho, dava comida e diversão de graça].

Atualmente o governo mostra estar bem inteirado da historia (ao contrario do povo, que alias, sequer tem condições pra isso) e usa a mesma tática mirabolante do Sr. Augusto. No Brasil existem 17 milhões de trabalhadores que recebem um salário mínimo por mês, que teoricamente é o suficiente para o sustento de uma pessoa e sua família, e para mostrar que “nos que estamos no poder somos bonzinhos”, o governo dá um auxilio de R$ 242,00 para essas famílias que recebem um salário mínimo ou menos por mês, além, e claro, da construção e reforma de estádios e ajuda financeira aos clubes para contratações milionárias de “craques”, fatores que proporcionam grandes espetáculos “futebolísticos” ao povo, afinal o Brasil é o país do futebol.

Com todas essas “vantagens” o povo esta satisfeito com o trabalho do governo. A história se repete de uma forma atualizada e melhor elaborada, pois se o governo não apoia e incentiva a educação, os futuros cidadãos continuarão a se distrair com partidas de futebol e aprender a sobreviver com pouco, enquanto os nossos políticos bonzinhos dão entrada no novo conversível e finalmente conseguem comprar o essencial para a vida de todo ser humano: seu Iate particular, mas é com muito esforço, afinal quem sobrevive com apenas R$ 36.000,00 [oficialmente] por mês? Sessenta e dois milhões de brasileiros podem responder a essa pergunta.

~Harry

A sociedade dos leitores mortos


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A sociedade atual vive em uma era de transformação e inovação tecnológica, o computador e outros produtos tecnológicos chegam facilmente a todas as camadas sociais abrangendo quase todas as pessoas do globo. Com o advento dessas maravilhas tecnológicas as pessoas tomaram conhecimento de um caminho “fácil” para visualização de historias através de imagens prontas.

A TV e o computador vieram para justificar a vida dos leitores preguiçosos e dos analfabetos funcionais, lhes dando um produto pronto sem o “esforço” de fazê-lo ou sem sequer entender os mecanismos pelo qual aquele resultado visual é obtido.

A cultura leitora é um habito que deve ser ensinado as crianças em sua formação humana, nos primórdios de sua infância; costumo a pensar que ninguém nasce gostando ou não de ler, a pessoa adquiri o habito e descobre o qual prazeroso e satisfatório pode ser. A leitura pode ser comparada a uma espécie de vicio, saudável é claro, quanto mais você lê mais sentira vontade de ler.

Os livros abrem as portas de um mundo totalmente novo, um mundo surreal, onde o impossível se torna possível e o possível se torna fantástico através de algo chamado imaginação. Imaginação é uma capacidade mental que toda animal possui [o que inclui seres humanos] de criar coisas [objetos, pessoas, animais] segundo características atribuídas a elas pela mente, para criar algo totalmente novo é necessário criatividade.

Criatividade resume todas as qualidades de uma pessoa bem sucedida, em um mundo em que o homem se conecta a tudo e a todos e explora fronteiras espaciais é muito difícil achar algo novo, nunca visto antes, algo diferente, algo... Criativo! É essa criatividade que nos é fornecida pela leitura, a capacidade de imagina, de criar, colocar nossa mente para funcionar e não afundá-la em costumes preguiçosos de imagens pré-determinadas. Preguiçosos sim! Uma pessoa com mais de 12 anos de idade que folheia um livro e diz “não vou ler porque não te gravura”, é um ser completamente afundado na preguiça mental: tem preguiça de pensar e formar em sua mente o universo proposto pelo autor através de palavras, e por esse comodismo, muitas vezes perde ate mesmo a habilidade de imaginá-lo sem uma imagem anteriormente existente.

Não que filmes, novelas, desenhos animados e afins sejam ruins, obvio que não; só não devem ser o “único meio”. Para um exemplo mais atual e realista, podemos citar a obra de J. K. Rowling, Harry Potter. Confesso que o cinema deu uma fama monstruosa ao bruxo adolescente além de torná-lo mais concreto através de seus atores; porém a maioria do seu público não conseguiu entender a historia por completo ou toda magia que ela contem, por estar apenas centrado em seus lançamentos cinematográficos. Os livros, que tem em média 700 páginas, precisam ser resumidos para que caibam em 3 horas [média] de filme, o que faz com que vários detalhes peculiares e enriquecedores da historia passem despercebidos ou sejam ignorados, como o bem bolado Desafio das Poções ou a polêmica sexualidade de Dumbledore, que você só encontra nas páginas da obra de J. K. Rowling.

Crianças que tem o habito da leitura, geralmente tem pais que também são leitores freqüentes; são vividas, espertas, tem uma ótima oralidade, consegue desenvolver com maior facilidade projetos e também executá-los, desenvolvem criatividade que é aplicada em redações, trabalhos e deveres escolares, são curiosas e possuem pensamento rápido, crítico e analítico; características muito visadas em bons profissionais e bons cidadãos, menos suscetíveis a opiniões impostas e as idéias “sugestivas” disseminadas pela mídia. O habito de ler, em todos os âmbitos, amplia nossa visão de mundo e diversifica nossa interpretações de tudo o que se passa ao nosso redor, por isso é tão importante o desenvolvimento de hábitos de leitura; assim podemos ser formadores de opinião dentro no âmbito social e democrático de nosso país. As pessoas acreditam que o abandono de velhos costumes por novos e aprimorados significa um avanço para a sociedade, porém acredito que algumas coisas ainda devem ser feitas “ao modo antigo”, para o bem do próprio ser humano. Todos temem a extinção do cargo professor, mas ninguém se preocupa com a extinção dos escritores, já que não existe profissional sem publico alvo; talvez um ótimo filme para ser o próximo trabalho de Robin Williams seja “A sociedade dos leitores mortos”.

~Harry

Justiça


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A humanidade ao passar dos séculos conseguiu alcançar grandes objetivos, conseguiu obter a energia, conheceu o fogo, se rendeu a tecnologia, inventou a imprensa e tantas outras maravilhosas que se não existissem hoje seríamos uma sociedade muito mais retrógrada. Porém, em um aspecto para que ela não evoluiu em praticamente nada, que vem a ser a justiça.


O termo justiça (do latim iustitia, por via semi-erudita), de maneira simples, diz respeito à igualdade de todos os cidadãos. É o principio básico de um acordo que objetiva manter a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal (constitucionalidade das leis) ou na sua aplicação a casos específicos da sociedade. A justiça tem esse papel fundamental na ordem social da sociedade, pois é com ela que os meliantes são presos, a justiça vem com o papel fundamental de manter uma força sobre a sociedade, muito de maneira coerçiva (quando o Estado aplica uma sanção).


Há uma parte da sociedade que é a favor da prisão perpétua ou da pena de morte, como um meio de fazer com que os meliantes mais criminosos fiquem trancafiados em suas celas ou até mortos para que eles não voltem ao convívio social e não possa ameaçar a segura pública. Isso é um meio de se fazer justiça muito contraditório, pois ao mesmo tempo que o Brasil é conhecido por ser um país que a injustiça fica ao extrema, na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 10 de Dezembro de 1948 diz que todo ser humano é igual ao outro perante a lei, logo a pena de morte seria algo que contra sede com esse artigo da DUDH.


Segundo Aristóteles, o termo justiça denota, ao mesmo tempo, legalidade e igualdade. Assim, justo é tanto aquele que cumpre a lei (justiça em sentido estrito) quanto aquele que realiza a igualdade (justiça em sentido universal). A cumprição da lei, mas a palavra igualdade está cada vez mais perdendo força ao se comentar sobre a palavra justiça, isso porque no Brasil, essa igualdade não existe, existe sim a supremacia dos mais ricos perante aos mais pobres.



Portanto, a justiça tem um papel fundamental a sociedade, se ela não existisse as pessoas não teriam segurança para viver suas vidas de maneira tranquila. A justiça tem como papel principal fazer da sociedade um lugar mais democrático, mais seguro para poder se viver, a justiça é fundamental, e o ser humano deve saber utiliza-lá da melhor maneira possível.


Ulysses Guimarães.

Preconceituando


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É complicado afirmar que você é uma pessoa sem pré-conceitos, alias acho meio que impossível. Eu por exemplo sou uma pessoa completamente preconceituosa: tenho preconceito com estranhos, tenho preconceito com cobras, tenho preconceito com outros refrigerantes que não sejam Coca-cola ou afiliados, tenho preconceito com becos escuros, tenho preconceito com mulheres que tem o segundo dedo maior que o dedão [geralmente elas são muito brabas].

Sim, eu tenho preconceito com coisas bobas, o preconceito não serve só para negros ou gays ou deficientes. Preconceito é tudo aquilo que julgamos antes de ter um contato ou experiência real com o objeto ou ser. Por mais que eu assista Animal Planet ou ouça biólogos falando que as cobras só atacam pra se defender, eu continuo acreditando que as cobras ficam caçando seres humanos para mordê-los e mata-los, podendo assim abrir caminho para que elas possam dominar o mundo, por esse motivo, eu acho que toda cobra é má, não quero saber se e peçonhenta ou não, não as quero perto de mim.

No caso dos estranhos, é um preconceito global, não existe ser humano no mundo atual que não tenha, afinal, o estranho sempre gerou medo e duvida no homem. Eu não abro a porta da minha casa se eu vejo uma pessoa desconhecida batendo, por mais que seja o ganhador do premio Nobel da Paz, pra mim essa pessoa vai entra na minha casa e roubar tudo que tem dentro e me matar se eu não cooperar.

Tem também o caso de quando julgamos um indivíduo por uma característica que o inclui em um grupo que posteriormente eu já tive uma experiência ruim, sendo mais direto: toda loira é burra. Até onde eu sei a cor do cabelo do individuo não se aplica ao seu grau de inteligência, porém se alguma pessoa loira comete um deslize e porque é loira, se fosse uma morena ou ruiva só seria um acidente ou falta de atenção. Tem um exemplo curioso, o qual eu enfrento frequentemente: o preconceito com pessoas altas [ta preconceito é uma palavra forte demais, porem ilustra bem a mensagem]. Vamos aos fatos: 8 a cada 10 pessoas que me conhecem já perguntaram se eu vou ser/sou jogador de basquete. Ta, elas fazem isso inocentemente, mas “putitanga” será que só porque sou alto tenho que necessariamente jogar basquete? Eu não poderia ser médico ou qualquer outra coisa? – Aff Harry, que isso, as pessoas só perguntam isso porque a maioria dos jogadores de basquete são altos... - Exatamente! A maioria dos jogadores de basquete são pessoas altas e não a maioria das pessoas altas são jogadores de basquete! Cada “ser alto” pensa de uma forma diferente, é um universo diferente, então essa pessoa não irá necessariamente gostar de basquete.

Então resumindo tudo, preconceito é algo que sempre fez e sempre fará parte da vida de qualquer ser humano. Com “o que” e “como” você expressa esse preconceito e que deve ser refletido se tem sentido ou não, se realmente é necessário, se a ideia base do meu preconceito e realmente valida e lógica.

~Harry

Liberdade é correr pelo céu


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Durante séculos os povos lutaram por liberdade, a liberdade de ser quem você deseja ser, de poder escolher os seus governantes ou até mesmo do que você quiser ter. A sociedade ainda é habitada por regras ditadas ao longo dos anos, porém a liberdade do que você quiser ser vem crescendo para que um dia possamos ser livres desse mundo habitado por regras infundadas.

Liberdade, em filosofia, designa de uma maneira negativa, a ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários. Logo, com isso, a liberdade bem para o ser humano tomar suas próprias decisões sem ser coagido, para que ele possa ser livre.


A banda britânica ''Queen'' escreveu uma música de nome ''I Want To Break Free'', composta pelo baixista da banda John Deacon. Essa música de grande sucesso retrata o desejo da pessoa poder se libertar, ser livre independente dos outros. A liberdade pode estar ligada a vários fatores, tanto a submissão das pessoas as outras, liberdade de poder escolher o seu próprio caminho. A liberdade é um caminho vasto, na qual toda a sociedade tem direito a isto.


Para Descartes, age com mais liberdade quem melhor compreende as alternativas em escolha. Quanto mais claramente uma alternativa apareça como a verdadeira, mais facilmente se escolhe essa alternativa. Para Descartes, age com mais liberdade quem melhor compreende as alternativas em escolha. Quanto mais claramente uma alternativa apareça como a verdadeira, mais facilmente se escolhe essa alternativa. A liberdade é algo importantíssimo para a sociedade, todavia, ela deve ser bem administrada e usufruída por quem as possui, pois ela tanto pode trazer coisas benéficas se for bem utilizada, como coisas maléficas se for mal utilizada.


Portanto, a liberdade é algo importantíssimo para a sociedade, mas ela também deve ser bem administrada, a sociedade durou séculos para adquiri-lá, mas ao mesmo tempo deve fazer com que essa luta tenha valido a pena, afinal, algo tão importante como a liberdade não deve ser jogado de lado, deve sim, ser bem usufruído por quem a vem possui-lá.


Ulysses Guimarães.

Desenhos animados


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Minha infância foi, literalmente, mágica. Mesmo quando não estava brincando de esconde-esconde ou “cabra cega” com um monte de outras crianças, eu estava em casa lutando contra vilões imaginários ou tentando ser tão esperto quanto os animais falantes. Desenhos animados fizeram parte da minha infância e foi, sem duvidas, uma das partes mais legais ser criança nos anos 90. Com os desenhos aprendíamos que o bem sempre ganha, que ser corajoso e uma das maiores características de um herói, que animais podem falar e ser bem mais espertos que o homem kkkk’

Até hoje gosto de assistir desenhos e lembrar essa parte incrível da minha infância, mas me deparo com os desenhos atuais... Sinceramente tenho dó das crianças que crescerão com esses desenhos como lembrança. Os desenhos atuais estão desmembrando os antigos heróis e as animações, substituindo por animações “alternative” e personagens, no mínimo, toscos, com uma linguagem totalmente sem sentido ou graça. 

Vou pegar como exemplo um desenho chamado “Hora de Aventura”. Quando ouvi meu primo dizer “quero assistir Hora de Aventura”[classificação 12 anos (eu ri)], pensei “Pô, deve ser bacana esse desenho, vou ver também”. Tudo legal, coloco no desenho animado... Apenas minha curiosidade em saber o desfeche da historia mais bizarra de desenho animado que eu já vi me manteve na frente da TV. O episodio tratava-se de um dia em que os protagonistas [será que os desenhistas nunca viram um corpo humano de perto? Que eu saiba eu não pareço um tubo com 4 varetas fazendo função de membros] invadem o esconderijo do vilão e ele não esta, porém ao invés de ir atrás do dito vilão, eles decidem esperar até que ele volte. Eles ficam porá lá, tendo conversas lezas entre si, quebrando tudo que põem a mão e descobrindo que o vilão é um ninja de gelo. Até ai deu pra engolir, forçando, mas deu. Porém o vilão resolve chegar, com seu assistente, um pinguim macho, que acaba de vim do hospital onde acabara de por um ovo, e desse ovo nasceu um lindo gato rosa que flutua... Depois disso comecei a considerar as Meninas Super Poderosas como heroínas [mentira XD].Além disso tem vários outros detalhezinhos que nem irei citar.

Depois de ver meu primo assistir isso, corri pro PC e encomendei alguns DVD’s pra ele, como a Caverna do Dragão, Digimon, Bayblade, Liga da Justiça; algo que, mesmo que levemente, lembre a realidade e não tenha um roteiro para crianças com 1 ano de idade [isso porque elas ainda não tem nenhuma compreensão do que esta em volta delas]. Esses desenhos, a meu ver, não contribuem em nada com a capacidade mental da criança, não tem uma historia lógica, não segue uma linha cronológica de acontecimentos, não faz a criança torcer para que seu herói salve o mundo ou que derrote seus inimigos.
- Mas Harry, são crianças, elas precisam dessas lezerinhas pra serem crianças boazinhas. Não posso colocar uma criança pra assistir um homem batendo em outro, além do mais desenhos não precisam seguir a realidade – Eu cresci assistindo Dragon Ball Z, Superman, Power Rangers... Nem por isso me tornei uma pessoa agressiva que vive as margens da sociedade. Se você põe uma criança pra assistir lezeira, ela vai pensar lezeira. Acreditar que existe um coelho falante, tão esperto que consegue enganar um caçador e bem diferente que acreditar que um pinguim MACHO vai BOTAR um ovo e dele vai nascer um GATO ROSA QUE VOA.

Desenhos animados fazem parte da infância de todo mundo, eles nos expiram [quem nunca quis ser tão corajoso quanto seu herói favorito?] e aguçam nossa imaginação. Não estou incentivando ninguém a colocar as crianças para assistir desenhos antigos 24 horas por dia, mas tudo em sua dosagem certa pode ser benéfico. Um pouco de faz de conta cria uma pessoa criativa, esperta, que é o que a sociedade precisa.

~Harry